João, 46 anos de idade, que vem apresentando, nas últimas semanas, aumento do débito urinário e do apetite, além de balanopostites de repetição, vai à consulta com seu médico de família e comunidade porque acha que está com “doênça da próstata”. O profissional solicita exame da glicemia capilar, cujo resultado mostra um valor de 560 mg/dL. A conduta mais adequada, nesse caso, é:
Comentário
O enunciado da questão demonstra um paciente com sintomas (poliúria, polifagia), complicações (balanopostítes) e alteração laboratorial (hiperglicemia) frequentes no diabetes. Vale lembrar que diabetes é uma das afecções mais frequentes em Atenção Primária, visto sua alta incidência e prevalência.
A) O quadro clínico não nos faz pensar em afecções prostáticas (estrangúria, oligúria, gotejamento pós-miccional, etc), logo, a pesquisa para a detecção do câncer de próstata, só está indicada (em indivíduos assintomáticos) a partir dos 50 anos, ou 45 anos quando há história familiar prévia. ALTERNATIVA INCORRETA
B) O tratamento do diabetes recém diagnosticado > 300 de glicemia OU sintomatologia proeminente deve incluir o uso de insulinoterapia. ALTERNATIVA CORRETA
C) Realmente, o tratamento de HAS e DM deve ser feito ambulatorialmente, com agendamento prévio. Porém, num quadro agudo como o descrito acima, deve-se instituir a terapêutica afim de prevenir complicações graves como cetoacidose e coma hiperglicêmico não-cetótico. ALTERNATIVA INCORRETA
D) Conduta correta, caso o paciente em questão não se apresentasse com >300 de glicemia OU sintomatologia exuberante. Em paciente com suspeita de DM II, onde 80% são obesos, a perda ponderal de 3,5kg reduz em até 2% da HbA1C. ALTERNATIVA INCORRETA