Comentário
No que se refere a pneumonia em adultos, pode-se afirmar que: A) A maioria das pneumonias requer internação hospitalar. B) Deve-se evitar iniciar o tratamento empírico antes do resultado dos exames microbiológicos. C) Na ausência de estertores crepitantes na ausculta pulmonar, o diagnóstico de pneumonia é altamente improvável. D) Na ausência de qualquer alteração dos sinais vitais (temperatura, frequência respiratória ou cardíaca), o diagnóstico de pneumonia é altamente improvável. Como definição, diz-se que pneumonia é: presença de sintomas do TRI (trato respiratório inferior) como tosse e um ou mais dos seguintes sintomas: expectoração, dispneia ou dor torácia; achados focais no exame físico do tórax; pelo menos um achado sistêmico (confusao, cefaleia, sudorese, calafrios, mialgia, ou temperatura maior que 37,7 graus); infiltrado radiológico não presente previamente e exclusão de outras condições que resultem em achados semelhantes. Tem-se também, os critérios para pneumonia associada a ventilação mecânica: infiltrado no raio x + 2 dos 3 seguintes (febre, leucocitose/leucopenia, secreção purulenta). O tratamento consiste, em adultos imunocompetentes, no estabelecimento de antibioticoterapia empírica precoce que deve ser ajustado conforme perfil do patógeno. No Brasil, as PAC (pneumonias adquiridas na comunidade) são a segunda causa de internação hospitalar sendo indicado, por uma pontuação de 2 ou mais no CURB-65 (confusão mental, ureia>20mg/dL, FR>30 irpm, PAS < 90 ou PAD? 60, idade ?65). Nos estudos mais recentes, 62% dos pacientes com PAC, preenchem pelo menos 2 desses critérios. O gabarito liberado pela banca foi a alternativa ?D?, ainda que a opção ?A? se enquadre melhor, visto que mais de 50% das PAC preenchem critério de internação hospitalar.